7 dicas para ter negócio e vida pessoal (sem enlouquecer)

1. Monte um negócio que o inspire

O primeiro conselho: só monte um negócio próprio se houver algum sonho seu envolvido nele. Caso contrário, sua vida pessoal parecerá ainda mais tentadora, acabando com a dedicação profissional.

“Não é apenas a oportunidade que irá montar seu negócio. Eu não daria certo montando um negócio para o qual não tenho aptidão ou cujos valores não são os meus”, diz Mauricio Magalhães, que há 36 anos concilia negócio próprio e vida pessoal com o empreendimento Agência Tudo.

2. Siga os planos

Planejar é essencial para conseguir conciliar sua empresa com atividades pessoais. Só assim você terá clareza do quanto precisa trabalhar para que o negócio dê certo.Porém, além de anotar tudo que seu negócio pretende fazer, é preciso estar aberto a correções ao longo do caminho. Muitas vezes, algumas fases do negócio exigem mais dedicação e isso precisa ser considerado.

“Calcule cenários otimistas e pessimistas e navegue pelo cenário atual, vendo em qual categoria ele se encaixa. Assim você corrige rumos e deixa de ser um empreendedor com apenas um sonho na cabeça”, afirma Magalhães.

3. Converse com a família

Nem sempre dará para equilibrar as duas coisas: em certas épocas do negócio, especialmente no início, pode ser preciso abrir mão de compromissos com amigos, o cônjuge ou filhos em prol do crescimento da empresa.

Por isso, tenha uma longa conversa com as pessoas importantes para você antes de decidir abrir um empreendimento. “É importante que o casal converse entre si, por exemplo, e um possa cobrir as tarefas domésticas do outro eventualmente”, diz José Balian, professor do curso de administração da ESPM.

“Na fase inicial você desempenha diversas funções, já que não possui funcionários, e acaba trabalhando além do recomendado. São nessas horas que você precisa desse apoio.”

4. Faça amizade com o relógio

Um passo essencial para que o empreendedor consiga equilibrar trabalho e lazer é ter muita organização do tempo. “Quem tem negócio próprio deve saber exatamente quando começar a trabalhar e quando terminar”, afirma Eduardo Mendonça, da ActionCOACH.

Isso se torna ainda mais essencial quando a empresa é home office: afinal, neste tipo de trabalho é fácil ceder a distrações e acabar misturando a jornada de trabalho com as tarefas domésticas ou com momentos de lazer.

5. Aproveite que o negócio é seu e monte uma agenda produtiva

Além de definir exatamente quantas horas você irá trabalhar, há outro benefício em ser dono do seu próprio negócio: é possível escolher trabalhar no turno em que você é mais produtivo (ou no turno em que sua família e amigos não estão disponíveis), seja manhã, tarde ou noite.

“Veja como você pode trabalhar melhor seus horários e desenvolva sua agenda”, recomenda Balian. “Isso é mais difícil de conseguir em uma corporação. Esse empreendedor pode acertar seus horários para algo mais racional e equilibrado, ao menos na maioria dos negócios.”

6. Divida para conquistar

Se você quer fazer seu tempo render, é preciso aprender algo que todo grande empreendedor faz: delegar. Em vez de fazer tudo por conta própria, arrume sócios e funcionários que possuam forças diferentes das suas.

“Eu não conheço ninguém que tem um bom negócio sem dividir para crescer. As empresas que avançam possuem essa capacidade”, diz Magalhães, da Agência Tudo. “É assim que as empresas do século 21 funcionam: pelo compartilhamento de tarefas.”

7. Separe muito bem suas contas

Falando em divisões, uma falha que muitos empreendedores iniciantes cometem é colocar as contas pessoais e as da empresa na mesma cesta: o lucro da empresa é o salário do dono do negócio; e, quando este precisa financiar uma dívida, acaba retirando do montante que seria fundamental para o crescimento do negócio.

“Essa é uma prática muito ruim, mas muito comum também”, sentencia Mendonça, da ActionCOACH. Isso acontece porque a maioria das pessoas que abrem um negócio querem pagar suas contas pessoais como principal objetivo, e não construir um negócio sustentável. A empresa passa a pagar contas pessoais e não ter lucratividade para reinvestir em si mesma.”

O coach recomenda ter contas totalmente separadas: se você usa cartões de crédito, por exemplo, tenha um para assuntos pessoais e outro para a empresa.